As populações serranas dedicavam-se desde o início do séc. XVIII à agricultura, que sendo de base rudimentar era a forma de sustento das famílias numerosas nesse período. O granjeio dos campos para a produção das culturas do milho, centeio e batatas era a base da alimentação das populações. Maioritariamente os terrenos eram propriedade de casas senhoriais, sendo o granjeio efetuado pelos caseiros que entregavam ¾ da produção agrícola, ficando para si com ¼.
O plantio das videiras para produção de vinho verde era feito nas bordaduras dos campos, com o objetivo de aproveitar ao máximo os terrenos para a produção de cereais. Os olivais eram plantados nas terras menos férteis, ficando o solo disponível para a plantação de batatas.
A atividade agrícola manteve-se desta forma até meados da década de 60 do séc. XX. No entanto, a pouca produtividade das terras e a instabilidade económica e política que o país vivia nesse período provocou a emigração de grande parte da população.
Após a revolução de abril de 1974 e a adesão de Portugal à CEE (1986) iniciou-se um período de mecanização da agricultura, que sendo de base minifundiária tem vindo a adaptar-se aos dias de hoje, com a introdução de novas técnicas e o plantio de novas culturas.
Candura de infância - Lugar do Espinheiro, Arquivo Eduardo Teixeira Pinto, anos 60.
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